26 de jun. de 2010

Texto - A coragem da fé

A fé remove motanhas, reflita a respeito, com esse pequeno texto. Pois nesse exato momento, sei que, existem muitas pessoas sofrendo por algum tipo de enfermidade, mas as vezes, as mazelas estão em nosso coração, em nossa alma,  e para essas não existem medicamentos, mas reflexão, amadurecimento para entender o mundo que nos cerca. Muitas vezes, atravéz da dor,  percebemos o que de verdade nos falta, não que deva ser assim, ou ainda, que seja um castigo dos céus, não mesmo. Pois todo o mal ou todo o bem parte de nós mesmos.
 
 
         Alguns historiadores dizem que ela chamava-se Verônica, outros Berenice. Nascera em Cesaréia de Filipe. Apesar de possuir vastos recursos financeiros, não lograva curar uma hemorragia ininterrupta que lhe retirava as força físicas, conduzindo seu corpo a um processo de anemia aguda que a fazia declinar dia a dia.
     Procurou médicos, sacerdotes, exorcismos e tratamentos que lhe maltrataram ainda mais o organismo. Vivia, igualmente, um drama emocional complexo, pois aquela também era uma época de preconceitos. Sua doença era tida como um estigma imposto por Deus, o que causava grande constrangimento a seus familiares, que dela se afastavam, deixando-a completamente só.
     Quando todas as possibilidades de cura se esgotaram, entrou, sismarenta, num processo de análise: dois caminhos entreviu. Poderia optar pela resignação sofredora e aguardar, passiva, a morte que, certamente, viria.
     Porém, apesar da fraqueza de seu corpo e das dores ininterruptas, era dona de uma vontade inquebrantável. Seu desejo de viver lhe apontava um outro caminho. Ouvira falar dos ares saudáveis da próspera Cafarnaum, das caravanas que lá passavam e da existência de um estranho rabi, que curava os doentes e anunciava a chegada de um novo reino. Em poucas semanas já buscava o Mestre nas areias do lago de Genesaré.
     Naquela tarde ensolarada e quente, Jesus se encontrava cercado pela multidão. Ela, com o corpo quase vencido pela doença, consegue acercar-se dele, e, colocando em ação as poucas energias, em um movimento quase instintivo, puxa a túnica do rabi.
     - Quem tocou minhas vestes? Pergunta o Senhor.
     - Vês que a multidão te aperta e dizes "quem me tocou"? Reponderam os discípulos.
     Os olhos do Cristo, no entanto, já buscavam aquela cuja fé abriu um canal de percepção dos fluidos curadores do Mestre. Emocionada, já sentindo a repercussão em seu cosmos orgânico da ação do Sublime amor, responde, reverente:
     - Fui eu Senhor...
     - Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e sê curada de teu mal.
     Nas aflições da vida, na doença, na dor, precisamos movimentar as forças da fé para nos conectarmos com Jesus e recebermos as bênçãos do Seu amor. Não tema, não se deixe vencer pelo desânimo. Observe seus pensamentos, palavras e atos a cada dia, faça suas escolhas na pauta do bem. inspirando-se em Jesus. Com ele os problemas são meros desafios que ativam em nós as virtudes divinas. Berenice ou Verônica, o que importa seu nome? O exemplo dessa corajosa mulher certamente nos inspira para sempre!

Texto retirado da revista cultura espírita - janeiro 2010

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